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Prof. Amílcar M. O. Salumbo
Prof. Amílcar M. O. Salumbo

Em um momento em que a degradação do solo ameaça a segurança alimentar global, o Professor Doutor Amílcar Mateus de Oliveira Salumbo, da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade José Eduardo dos Santos, publicou em 2020 um estudo de extrema relevância sobre a estimativa da erosão do solo, intitulado "A Review of Soil Erosion Estimation Methods", na prestigiada revista Agricultural Sciences. O artigo completo, disponível através do DOI: 10.4236/as.2020.118043, traz uma análise aprofundada das metodologias utilizadas para calcular a perda de solo, um fenômeno amplamente responsável pela queda de produtividade agrícola e degradação ambiental.

 

Com 1.455 downloads e mais de 7.600 visualizações, à data desta desta notícia, o artigo tem gerado grande repercussão nos meios acadêmicos e profissionais, consolidando-se como uma referência em estudos de conservação do solo, não só em Angola, mas também em países com climas tropicais, onde a erosão é intensificada por chuvas torrenciais.

No estudo, o Professor Salumbo destaca a gravidade do problema: "A erosão do solo não é apenas uma questão ambiental, mas também socioeconômica. Sua ocorrência frequente em regiões tropicais é um dos principais fatores que comprometem a produtividade agrícola e ameaçam a subsistência das populações locais."

A pesquisa do Professor Salumbo reúne as metodologias mais consagradas para a estimativa da erosão hídrica do solo, fornecendo uma orientação vital para pesquisadores e planejadores na escolha dos modelos mais adequados para cada contexto. Entre os métodos discutidos, a Equação Universal de Perda de Solo (USLE) é apontada como base para diversos modelos modernos. Contudo, o estudo adverte que a escolha da metodologia correta depende da disponibilidade de dados específicos de cada região.

O impacto da erosão do solo é particularmente crítico em Angola e outros países africanos com climas tropicais, onde práticas agrícolas inadequadas, combinadas com chuvas intensas, aceleram a degradação das terras. A falta de conservação do solo pode agravar a desertificação e afetar negativamente a economia rural, aumentando a vulnerabilidade das comunidades dependentes da agricultura.

Para enfrentar esses desafios, o Professor Salumbo reforça a importância de uma base sólida de dados e pesquisas contínuas. "Precisamos de modelos de estimativa que reflitam com precisão as realidades locais, para que possamos desenvolver planos de conservação do solo que sejam eficazes e sustentáveis," afirma.

Com este trabalho, o Professor Salumbo oferece uma contribuição valiosa ao campo das Ciência Agrárias, destacando a urgência de iniciativas de conservação do solo para mitigar os efeitos da erosão, promover a recuperação de áreas degradadas e garantir a sustentabilidade agrícola a longo prazo.